
Hoje pensei como seria se eu não existisse. Como se agora por um milagre da natureza, eu deixasse de existir. Não morresse. Eu sumisse. Evaporasse. Desintegrasse em infinitos pedaços de nada. E se toda minha história também. Todas as pessoas que eu conheço, continuariam a existir, mas, depois dessa fração de segundo, a parte do meu mundo que ficou na lembrança da cada um, sumisse.
E percebi que minha vida seria melhor, ela tenderia a algo insuperável! Ninguém, e nem nada no mundo, poderia dizer que tem mais alegrias do que eu. Eu não iria existir. Não poderia ser comparado. Eu seria maior!
E também não teria mais tristezas que ninguém. Eu não teria tristezas. Eu não teria nada. Eu seria o nada. E é tão engraçado o fato de o nada estar tão perto de tudo, ninguém nunca pode ter tudo. E nem ter o nada, a não ser que fosse o nada. Como eu. Caso eu fosse o nada. Seria superior; teria algo que ninguém nunca fosse ter. A não ser, lógico, se alguém ficasse na mesma condição que eu.
Mas se eu tivesse o nada, eu o guardaria pra mim. Na base do egoísmo mesmo. Meu nada! Meu mundo! Meu tudo! E ao mesmo tempo nada.
E é engraçado ver que nunca aconteceria algo disso.
Droga de vida(s) medíocre(s)!
Droga de pensamentos e sonhos pequenos!