quarta-feira, 25 de julho de 2007

Perfeição.

Equilíbrio.
Quase tudo tende a ele. Sendo ele a vitória para muitos; impossível e (praticamente) inalcançável para todos. E (como quase tudo nesse mundo) relativo.
Mas algo perfeito (pra mim) é quando tudo está equilibrado. Sem pesos excedentes; seja num relacionamento, na família, numa conversa ou numa receita de bolo, onde tudo tem que ter sua dose certa para que seja perfeito.
Porém, essa “dose certa” (durante o viver) não é fácil de encontrar. Como se viver fosse igual a fazer um bolo, só que sem a bendita e salvadora receita “de bolo” do lado. Tem sempre que fazer. Ir parando, experimentando, gostando ou não. Mudando, fazendo mudanças, preservando mudanças ou simplesmente não fazendo nada, deixando como está. Simples. Lógico que é cansativo. Mas é aí que a vida acontece. É aí que existe uma “graça” no viver. Ir à procura da felicidade.
Pois a felicidade não se encontra num lugar. Mas numa possibilidade de estar (permanentemente) pensando, mudando, experimentando o novo ou revivendo o velho. Mudando conceitos. Fazendo conceitos. Sentindo conceitos. Fazendo sentido. Dando um sentido e sempre mudando esse sentido. Um sentido só é cansativo, nos deixa inerte. Repouso em relação a tudo, como um espaço absoluto.
Experimentar sempre. E sempre. Nunca o mesmo. Abaixo o mesmo.
E pensar que nem sempre estar num repouso é algo prejudicial. Há momentos que tem que saber ficar quieto. Folgar. Descansar. Deixar levar-se por uma força invisível e inexplicável, que apenas te leva e te leva. Esperar que as coisas caiam do céu.
E assim, não tendo isso como uma receita, a perfeição pode ser vista, mas nunca alcançada. Perfeição não pode ser medida, nunca. Apenas comparada. Comparar momentos e senti-los.
...
(Coisas boas caem do céu sim. E tenha sempre em mente, você pode ser o céu de alguém).